07 dezembro 2015

Ideia de um idealizador

Enquanto não desconstruir as idealidades que ama não será possível amar a realidade que tem.

"Ou você aprende a gostar do que tem ou passará a vida toda reclamando do que não lhe cai bem ;)"

É muito comum encontrar situações em nossas vidas que nos fazem pensar que poderiam ser diferentes ou mesmo que se voltássemos ao passado faríamos de uma forma diferente da que foi feita. Esses pensamentos vem acompanhados de insatisfação por algo, uma situação.
Alguns dizem que as coisas são da única forma como poderia ser e que como não há a possibilidade de se voltar ao passado para fazer diferente podemos considerar que o que há foi predestinado, ou que mesmo que não fosse já é presente e a transformação só parte do presente para o futuro. Isso é verdade!
Somos a construção gradual de todos os processos biológicos e de toda informação coletada por nossos sentidos que são traduzidos em memórias e que nos dizem quem somos. Não há uma única palavra que possa resumir um ser, pois o título do livro não resume a  obra, só dá ideia do que pode ser a obra.

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, filme que dá uma ideia de como seria se apagássemos lembranças ruins de nossas vidas, mostra que por mais que fosse possível deletarmos os momentos ruins para seguirmos a vida sem cicatrizes, ainda sim, existem processos biológicos que nos dá a impulsão, direção, norteamento para onde nosso ser, desconhecido como tal, gostaria de ir. Quando apagamos memórias nossas estamos nos apagando, apagando nossa história. Para mim isso não faz sentido.

Se o presente é o único existente e o resto é apenas devaneio, então não vale a pena perder tempo apenas memorando.
Mas se a ideia que há lhe direciona, então é melhor amar o caminho que levará a sua ideia e tudo aquilo que compõem para não ficar a vida toda reclamando.


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