Tolices

Pensar muito leva a fazer pouco.

Pensar pouco leva a refazer inúmeras vezes o mesmo trabalho.

O caminho do meio é confuso, ou então chato.

Escreve uma frase para apagar duas, troca palavras para ficar mais adequado a leitura, ou coloca um monte delas para desfocar. Sem foco.

Há sempre algo que nos leva a escrever. Escrevemos para comunicar aquilo que nos levou a escrever e sempre tem o propósito de mudar algo, seja dentro ou fora de si.

Dane-se.

Há coisas que nos cansam. Uma das coisas que me cansa é ter que ser educado, delicado, gentil, bonzinho e qualquer adjetivo que se atribua à alguém que pertence ao bem. Nos excessos que aparecem as doenças! 

Ninguém é de todo bom ou mau, triste ou alegre, feliz ou infeliz. O que acontece é que quando nos perguntam temos que responder naquele momento, presente; muitas vezes preferimos mentir ao ter que ficar recebendo consolos dos quais não queremos, conselhos dos quais desprezamos, julgamentos dos quais nem se conhece.

Não há nada de belo nisso, nem na verdade e nem na mentira. Com certeza o que há é tentativa de preservação do ego. 

Como estou agora? Estou muito bem, obrigado. Ouço as reclamações com racionalidade e busco soluções para elas. Se a solução é de viés emocional e não compete a mim resolver, não resolvo; não me envolvo.

Não está bom? Eu saio. Se está frio e eu desejo o calor, então vou atrás do que eu quero.

Teimar com teimosos? De vez em quando eu faço esse erro, também sou pecador e muitas vezes tolo.

Porém já não me sinto tolo todos os dias, pois já descobri que eu era tolo todos os dias e a razão que me fazia ser como eu era. Mudei isso. Agora sou tolo só de vez em quando Às vezes quando me faço, às vezes por inocência, outras por teimosia, mas não mais pelo conflito entre razão e emoção. Hoje faço com que ambos trabalhem para si, não isoladamente.