22 janeiro 2018

Posssibilidades

Curitiba - XV - Pç Osório - Dez/2017
É engraçado ver o mundo lá em baixo, assistindo o pequeno movimento do 20º andar de um edifício histórico.
As pessoas parecem formiguinhas, sem nenhuma identidade além daquela que atribuímos a eles (pequenos bonequinhos caminhando para qualquer lugar).


Sabe-se lá para onde vão, atrás do que, o que é que são ...
Sabe-se lá o que pensam, o que fazem, o que desejam ...

Nada sabe-se além que são pequeninos seres vistos do alto. Porém, quando estamos perto uns dos outros, somos tão mais que tudo!
Através da ótica populacional por amostragem, somos apenas números: operários, construtores, guardas e trabalhadores em geral (trazendo uma ideia organizacional semelhante das formigas, sem falar da rainha).

Para os sistemas públicos somos o nosso RG, o nosso CPF, o nosso Título de eleitor ... e ai surgirá uma grande gama de documentos que carregam um número para identificar quem você é dentro daquele contexto social/organizacional.

Mas quando estamos no Um a Um, frente a frente, cara a cara, olho no olho ... 
Quando passamos os dedos na mão do outro, nos cabelos, alisando regiões que sem verbalizar demonstramos afeição ...
Quando prestamos atenção em cada palavra, em cada suspiro, em cada risada ...

pois é, aí então deixamos de ser um número e passamos a ser muito mais que qualquer coisa que possamos definir. Então, em algum momento dessa relação de troca afetiva alguém dirá "Especial".

um novo dia começa, uma nova possibilidade para qualquer coisa acontecer, podendo ser agradável ou não.

Assuntos sobre a política, o caos, o trabalho, a família, o dia-a-dia ...
Sobre amores, vaidades e desgostos ...
Olhares furtivos, pensamentos contidos e turbilhões de divagações com várias repreensões ...

as reticências vem para deixar a possibilidade do mais, os ganchos para se falar sobre qualquer coisa que há de continuar ...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Enforque-se na corda da liberdade (Antônio Abujamra)