23 maio 2016

Censura mental

Sempre que eu começo um post tenho um objetivo com ele. O primeiro de todos, o qual nem penso por ser tão natural, é o de descarregar energias múltiplas em uma plataforma em que posteriormente eu possa ler e buscar entender essas energias, depois que assumem uma forma. O segundo sempre está aliado a um interesse oculto que só se manifesta em pulsões, em sensações, em coisas as quais ainda reluto em nomear, mas talvez já saiba como. O que ocorreu na frase anterior foi uma censura. Esta censura é feita por mim e para mim. Segundo a regra da censura é para me proteger de reações adversas do mundo. Mas escrever e publicar em um diário online e depois compartilhar com os amigos do Facebook, GooglePlus, deixar as postagens públicas para acesso de todos, é um modo que outra extremidade que não está censurada (não conscientemente) busca expor-se de forma a encontrar-se com o mundo, procurando observar as reações adversas e entendê-las para se compreender. Quantas vezes tive um objetivo com cada post e na hora que digitei, por deixar tão abstrato, me dou conta que não falei nada do que gostaria e acabo por apagar ou guardando como rascunho. Quantas vezes ouvi uma música ou visualizei uma imagem e me inspirei a criar uma mensagem para que correspondesse com o sentimento daquilo que vislumbrei? Então, vem de forma forte e clara, depois passa pelo intelecto e é carregado de lixo intelectual. Lixo esse que às vezes parece bonito para alguns, extravagante para outros, desnecessário para muitos (inclusive para minha Alma), mas sempre utilizado por meu Eu consciente, que busca se proteger constantemente.É uma vergonha!
Então, cá estou Eu, com o objetivo de me esclarecer através do que escrevo, e quando leio, percebo, que mais eu confundo do que esclareço! São as artimanhas da mente que faz com que ele mente. Só permito isso porque sei que chegará uma hora que estará tão cansado de tanto escrever e nada dizer que depois de tantos "tecs-tecs" se cansará de tudo e mandará tudo ao ar, sendo deselegante e despojado como já fora um dia. Ah sim, sempre demonstra uma saudade reprimida de alguma ou outra característica que tinha. Isso é gostar de sofrer, porque, sofrer por nada, é gostar de sofrer.
Mas será que é sofrer? Será que não há uma didática por trás de tudo isso? Será que não há uma mensagem, um quebra-cabeça a ser resolvido? Não seria como Lara Croft e os enigmas que se apresentam para que o jogador continue em frente? 
Mas quem seria o player além de mim? Se quando olho para dentro vejo pelo menos três, certeza que há uma disputa para ver quem controla. Por ora há um dominante, tanto que quando começou esse post alguém no fundo dizia para começar. Opa! Um dá o início. Dois desenvolve o que foi iniciado. Três julga o trabalho dos dois primeiros. 
Se há um acordo entre os três esse post sai do rascunho e se torna público. MAS, existe aquele que é mais fraco, aquele que intermédia entre os dois, e tem o forte. Às vezes, quando o forte decide fazer tudo por conta ele só publica merda e através de seu julgamento não permite apagar ou coisa do tipo. O intermediador auxilia na comunicação e ajuda no desenvolvimento de ambos, mas não cria e nem decide se publica. O fraco só cria, dá ideia e diz aos dois o que eles devem trabalhar, o que fazer, o que criar, mas no fim, não é ele que cria. Através de estudos e análise estou sendo orientado a deixar o fraco fazer maior parte do trabalho, mas o forte não permite, pois de forte é só o seu poder, pois é um cagão mesmo.

Mas, ao ler o que foi escrito e ler o título, creio já ser o suficiente para entender o que se passa em vossas mentes, ou, a priori apenas na "casa" do autor.

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Enforque-se na corda da liberdade (Antônio Abujamra)