10 dezembro 2016

December is ending, I'm too

"Eu perdi o meu medo,
o meu medo,
o meu medo da chuva.
Pois a chuva voltando pra terra
traz coisas do ar.
Aprendi o segredo,
o segredo,
o segredo da vida.
Vendo as pedras que choram sozinhas
no mesmo lugar."
Medo da Chuva - Raul Seixas

Tantas mudanças acontecendo ao mesmo tempo,
não há tempo para ter medo de se molhar.
Tantas coisas acontecendo sem eu ter ciência,
que é como se nada estivesse realmente acontecendo.
É pena que a raça humana acredite ter escravos,
pois perde a chance de aproveitar o lado humano de seus subordinados.
É triste perceber que todos acreditam ser iguais,
pois faz com que esperemos os mesmos resultados de todos.

A coerência se perdeu, cada um tenta defender o seu,
e a vida está seguindo, sem ao menos lhe pedir licença.
Os sorrisos são abafados pela falta de recursos para sustentá-los.
Se perdem em suas mentes, não vivem o presente, pois esquecem-se que é um presente.

A virada do ano está chegando, com ela todas as promessas do ano passado.
O natal está próximo, mas a confraternização longe.
Pessoas dirão que irão parar, outras que irão começar.
O discurso se repete, dizendo que agora sim dará certo.
Se ao menos tivessem tanta persistência quanto têm repetência!

Não tenha medo da chuva. Saia para se molhar e encare isso como um belo banho refrescante.
Você não fica doente por causa de se molhar, mas por baixa imunidade de seu organismo.

04 novembro 2016

Entrevista de emprego: a boa verdade ou uma bela falsidade?

By dreamstime
Passar em uma etapa da entrevista do RH ou ser coerente em dizer o que se passou em suas últimas experiências?

O que efetivamente os Recursos Humanos buscam em uma pessoa quando estão entrevistando para uma determinada vaga? No LinkedIn é comum você encontrar publicações por pessoas com "posições" muito legais no mercado de trabalho, como CEOs, Headhunters, Strategic Magenement, Presidentes, entre outros cargos que as palavras inspiram respeito e admiração, lhe dando um norte sobre o que deve e o que não deve fazer, o que deve ou não dizer, como se vestir, como se portar como passar em uma entrevista de emprego. Em resumo, eles lhe dão as dicas de como se encaixar na caixa criada pelas grandes corporações, aquelas que criaram o mercado de trabalho e fazem o ser da maneira como é. Alguns títulos são bem intuitivos.

5 frases infalíveis para conseguir um novo emprego;
10 frases fatais na entrevista de emprego;
7 motivos para você ter emprego novo na crise ...


29 setembro 2016

Free and Wild

I have an Ideia!

I need a time to think in my life,
To think in who I am,
To know what I really want,
Because it's a purpose of the life.

We need to improve ourself,
We need to live how We really are,
And expand the positive energies.

I'm sorry, I not want make you cry,
But I must to go.
I will find my way,
And you'll too,
The love between us never will end up
and for this we need to let him go!
Go to be what his is better,
Free and Wild,
Authentic and trully.


22 setembro 2016

Tabumoral

A paixão é vermelha
A razão, azul.
O coração pulsa
a emoção que
encontra o tabu.

O tabu é moral,
moralístico,
que aponta o dedo
e não olha para o
próprio cu,
o que faz dele
um tabu.

Tabu, tabuada.
Tabuleiro, não
tem mais nada.
As torres ruíram,
a rainha é bloqueada
pelos bispos,
e o rei não é rei,
e os peões já caíram.

O fim do jogo
está próximo.
GameOver nunca acontece.
é um Reset.
O Start é só o início
de uma longa
caminhada.

21 setembro 2016

Ingratidão na caridade

Véia surda
Numa quarta-feira de manhã chega uma senhora no portão de minha casa, muito mal vestida e com um aspecto que causava lamento de sua condição humana. Usava uma jaqueta velha e uma mochila também velha, era uma mochila infantil, pequena. Tudo nela parecia tão velha quanto ela!
Com uma plancheta, uma folha e uma caneta nas mãos ela abre um sorriso horripilante, o qual tive que retribuir pela educação que recebi (talvez tenham me ensinado a ser hipócrita). Olhei naqueles olhos cansados e perguntei a razão de sua visita. Ela me estendeu a folha que falava sobre doação para uma instituição que ajudava os surdos e os mudos, talvez para mais alguns tipos de pessoas que possuem algum outro tipo de carência. Só vi que os tipos de doações que poderiam ser feitos era de 3, 5, 10, 15, 30, 50 reais. Não sei se era realmente esses os valores, mas sei que o mínimo era de 3 reais. Peguei os 2 reais que eu tinha de troco e não encontrei nenhuma moeda. Me senti mobilizado pela oportunidade de se fazer uma boa ação com uma doação, assinando meu nome no papel, a data em que eu estava realizando a doação e o valor doado. Ao entregar o dinheiro junto da folha, caneta e prancheta ela pega a folha e o dinheiro e aponta para onde está escrito o valor de doação mínima. Eu disse a ela que entendia e que aquela era minha doação. Ela falou com uma voz fanhosa, como se tivesse uma bola de tênis na boca "tã inscrito, vê?" e eu fiquei olhando ela com uma cara bem cético. Disse então que se não atendia a doação, que me devolvesse o dinheiro! Ela enfiou o dinheiro no bolso da jaqueta, falou algo que deu para entender como "chefe" e aguardou eu dar o um real faltante para completar os 3 pilas. Eu olhei incrédulo e fiz um sinal de "fazer o quê!". Pelo pouco que sei de libras ela fez um sinal me dizendo que eu era bonito e mais alguma coisa que não sei o que era, virou as costas e se foi.

Então fiquei pensando: Será que existe a possibilidade dessas instituições sem fins lucrativos obrigar os coitados que tem deficiência auditiva a pedir dinheiro nas casas?
Será que aquela senhora estava se fingindo de surda para conseguir dinheiro? Pois eu estava sendo, eu acho, o décimo doador, sendo que os anteriores a mim doaram 3 reais cada um deles. Só nesse período da manhã ela deve ter conseguido uns 29 pilas comigo! Será que é uma farsa?
Será que ela achou que eu tava tirando com a cara dela? Pois eu achei que ela estava tirando com a minha!

15 setembro 2016

RESENHA: A Vitória da Infância

A Vitória da Infância - Capa

A Vitória da Infância é um livro composto por uma coleção de crônicas já escritas pelo autor, sendo esta seleção feita com relação as crianças, a infância. Através dessa seleção Sabino mostra várias facetas da infância, mostrando desde momentos muito agradáveis e divertidos até momentos traumáticos e revoltantes. Não fecha os olhos para o que efetivamente acontece na realidade da infância das crianças brasileiras, mostrando que independentemente da classe social que a criança está inserida, existe uma inocência comum em todas elas, talvez a inocência que em alguma passagem bíblica, dita pelo próprio Jesus, que todos os homens devem descobrir em si mesmos para encontrar o reino dos céus, como pode ser lido em Mateus 19 (na verdade ele fala sobre a criança interior, não a inocência infantil, a qual passo a tratar como uma dependente da outra).
As crônicas dão em média de 2 a 3 laudas, sendo uma leitura rápida e divertida! São 29 crônicas no total, sendo difícil escolher a melhor, pois cada crônica contem valores diferentes, algumas com humor e outras com ironia. Em função de querer falar do livro e sobre o que eu achei irei escolher 3 crônicas.

07 setembro 2016

Direto e claro: Introdução

2013 - Setembro
Já há muito tempo em que venho pensando sobre as coisas que gostaria de dizer a certas pessoas. Para algumas delas são coisas que só diz respeito a elas. Para outras é o que eu diria a todo mundo. Sempre começo a escrever com a intenção de dizer algo que se dissipa em muitas memórias e emoções que se misturam e não fazem o menor sentido. Muitos dos meus posts parecem uma salada de assuntos, de ideias e de um monte de coisas. Começa falando de A e termina falando de B. Por quê?

28 julho 2016

Tipos de transformações/destruições

A destruição se faz necessário no processo de transformação, pois do contrário, é adaptação, mudança - uma transformação mais leve.
Por regra, o mundo enquanto vivo, é uma sucessão de transformações no tempo que é dado como processo de vida e morte.
O que ocorre é inexorável, uno, sem julgamentos decorrentes da razão.
A percepção humana vê por dois crivos este processo: transformação corrosiva; transformação explosiva.

15 julho 2016

Encalços

Significado de Encalço

s.m. Ação de encalçar (seguir o rasto de algo ou de alguém).
Sinais ou marcas que foram deixados por algo ou por alguém; vestígio, pista ou rasto.
(Etm. Forma Regre. de encalçar)

12 julho 2016

O que penso sobre a maioria

1. Não generalizemos, porque sabemos que toda generalização é burra!

2. Porque de todas as extremidades vem o desiquilíbrio! O excesso é o que a própria palavra diz em si mesma, é excesso.

3. A unanimidade é tola, pois sabe-se que um homem valoroso se constrói através de muito esforço, dedicação e sorte. Como poucos são esforçados, raros são os dedicados e desconhecidos aqueles que têm sorte, não precisa ser muito inteligente para se dar conta que unanimidade é a convenção de um grande  número de homens não valorosos. Mas também não generalizemos!

06 julho 2016

Como não resolver um problema

#1
Você está na sua casa; chove muito enquanto você prepara o que comer. Você se dá conta que um pingo de água atingi sua cabeça. Fica pensativo e então olha para cima. Parece ter uma torneira mal-fechada em cima de você que torna a pingar - goteira! Como solução prática você pega uma vasilha e coloca em baixo da fonte pingante e sai para saborear aquilo que preparou. Chegando a sala, você liga a tv e se esparrama no sofá. Entretido com a programação e saboreando sua refeição não há nada que tire sua atenção, exceto, é claro, outra goteira pinga no tapete de sua sala. Você interrompe o que está fazendo para pegar outro pote para guardar aqueles pingos, achando mais cômodo despejar aquela água em algum lugar ao ter que pegar um pano seco para secar. Feito isso, você volta para sua programação e para sua refeição.
A chuva passa, você vai retirar os potes e percebe que têm outros pontos de sua casa que era necessário ter colocado mais potes. Sem boas alternativas você decide pegar um pano seco e um rodo para começar o trabalho de secagem.

#2
Distraído com seu trabalho você gasta/usa seu tempo produzindo algum tipo de bem que será consumido, usufruído por algum ou alguns agentes da sociedade. Não pensa em muitas coisas além do que deve pensar para fazer sua atividade. Sua distração é interrompida com uma fisgada que parece vir do seu dente e partir para sua gengiva, distribuindo-se em dor por todo o seu corpo. É uma sensação incômoda, mas rápida. Por ter ocorrido em apenas um momento você ignora a sensação e imagina que não seja nada importante, pensando que se ocorrer novamente você irá ver isso com um dentista. 2 horas depois a fisgada aparece novamente com uma intensidade um pouco maior. Sua preocupação surge. Depois, até a hora de você dormir, ela não ocorreu mais. No dia seguinte passou sem fisgada, podendo concentrar-se em seu trabalho. A noite ela vem de forma mais intensa, e então você acredita que há um monstro despertando de dentro de seu dente. Isso fica mais claro, pois ao longo da semana essas fisgadas vem se tornando mais frequentes a ponto de você se incomodar e se contrair em sua dor. Para controlar esse monstro, antes de ir ao dentista, porque sabemos que dentista é muito caro, você toma remédios para dor. Os remédios diminuiem a intensidade da dor nos momentos de fisgadas e parece até mesmo diminuir a quantidade de fisgadas ao longo do dia. Você pensa ter encontrado uma forma de controlar a dor de dente e sente-se tão potente que acha não ser necessário ir ao dentista neste momento, pois encontrou uma forma, "um jeitinho", de lidar com essa problemática.

#3
Você anda com seu carro por uma rua toda esburacada e inclinada, sem meio fio, sem calçadas, sem entradas para escoamento da água para o esgoto nos dias de chuva, sem nada além de um piche que é jogado para se passar por asfalto. Mas nem mesmo o piche suportou tamanha movimentação na rua deixando vários buracos na pista, supondo, o motorista, que é mais seguro e confortável andar com seu carro por onde deveria ser a calçada. Depois de 3 anos enfrentando esse problema que só é atenuado ao longo do tempo, no meio do quarto ano em que o problema perdura, aparece uma equipe de homens vestidos de laranja com maquinas que fazem o trabalho de planar a pista enquanto eles tapam os buracos com uma mistura de brita e piche. Elas tapam todos os buracos  e quando são mais eficientes trocam ou mesmo colocam meio-fios para deixar mais aparente. O problema é resolvido durante 1 ano até que os buracos voltem a tomar conta daquela situação e então no último ano de eleição seja feita alguma coisa.

#4
Em sociedades que temos altos índices de criminalidade, pobreza e baixo nível de escolaridade podemos perceber que há traços em comum nestas sociedades. Podemos perceber famílias populosas que sentem uma grande alegria em poderem se reunir para assistir uma partida de futebol ou mesmo assar um espetinho de gato para acompanhar com uma cerveja gelada. Também percebemos que a linguagem utilizada nesse contexto social é marcada por muitas adaptações fonéticas que visam facilitar a pronúncia ou dar um traço característico daquela camada social, sem contar as várias expressões existentes para transparecer a raiva e o descontentamento que se traduzidas literalmente se deparará com definições sórdidas e truculentas. É perceptível que grande parte dos adolescentes e adultos já foram ou são dependentes químicos, sendo que muitos deles fazem dos entorpecentes um meio de melhorar sua qualidade de vida com a comercialização dos mesmos para àqueles que eles comumente chamam de playboys. As lideranças governamentais dessas sociedades agem do mesmo modo, o que também é comum a todos: fazem uso da repressão para coibir e tentar extinguir tal realidade.
Através de leis mais severas, reforço no policiamento, adotando medidas de "proteção da sociedade" eles tem como objetivo reduzir a pobreza, as diferenças sociais e consequentemente acabar com a criminalidade. Como é feito tudo isso? Simples. Cada ano é feito concursos públicos para aumentar o efetivo na força militar, pois a lógica é quanto mais policiais na rua maior a segurança dos cidadãos; os equipamentos de guerra, os armamentos, os equipamentos para a proteção dos militares, as tecnologias utilizadas para dar suporte a esta instituição são ampliadas e melhoradas todos os anos com o objetivo de melhorar a segurança de toda a sociedade. Enfim, como se toda a proteção governamental não fosse suficiente (porque não é), ainda contratamos empresas de segurança privada para nos oferecer mais proteção, pagando nem que seja para um vigilante chegar uma ou duas vezes no portão da sua casa para verificar se não há nenhuma movimentação suspeita. Também temos que comprar alarmes, colocar cadeados, ter um cão de guarda, se proteger em muros que são ornamentados com cercas cortantes ou então elétricas e buscamos não ficar fora de casa depois das 22:00. Eu poderia continuar ainda mais a discorrer sobre isso, mas não vou. Não vou porque já sabemos que tudo o que foi dito é o que realmente acontece, mas a tão prometida segurança não vem, não se faz presente, pois como pode ano após ano termos investido mais na segurança e os bandidos ter aumentado seu número de recrutas e equipamentos? Como pode o número de homicídios, latrocínios, roubas e tudo que é tipo de picaretagem e violência continuar crescendo ano após ano? Isso sendo embasado em notícias do jornal, depoimento de pessoas próximas, observação do cotidiano e experiências de violência. Das duas uma: 1- investir em segurança não promove a segurança (pelo menos não para a maioria dos que investem); 2 - a criminalidade investe mais que o Estado e toda a população juntos.
O que continua a ser feito mostra-se ineficiente, desse modo, se é mantido dessa forma ou é por má fé ou muita ingenuidade.

#5
Todos os dias você deseja tomar iniciativa de algo novo, algo que sempre sentiu em seu íntimo. Mas por força da realidade, de suas responsabilidades, de coisas que servem como barreiras, você sempre deixa o hoje que deseja para o amanhã que almeja. E vai sempre deixando para o amanhã o que não sabe conciliar com o hoje. O tempo vai passando e o amanhã nunca chega, porque sempre virá amanhã novamente, e assim sucessivamente.

#6
A política para o extermínio de criminosos consiste em ser branda com os criminosos do alto escalão e rigorosa com os criminosos pé-de-chinelo. Isso implica na formação de mais cidadãos com o objetivo de serem criminosos do alto escalão. Isso porque você pode cuspir na cara de toda uma sociedade, ser cínico de todos os meios possíveis, negar todas as provas irrefutáveis que lhe condenam de suas práticas litigiosas, e depois de condenado de todos os meios pelos crimes que cometeu, você não cumpre pena ou não se retrata por aquilo que fez, pelo contrário, você tem foro privilegiado, continua tendo acesso a seu salário que nunca exerceu função por merecer, continua tendo acesso a todo o seu gabinete e deixa parte de seus poderes para um outro representante de sua organização criminosa. Enquanto aqueles bandidos, pé-de-chinelo, são condenados a cumprirem suas sentenças na cadeia, fazendo um doutorado em maracutaias que atingem apenas os burgueses classe média e a classe trabalhadora, deixando-os ocupados de mais para lidar com esses indigentes para pensar a respeito daqueles engravatados de colarinho branco que fabricam esses criminosos e criam estratégias para perdurar por anos e mais anos essa situação.

#7
O passado é um pensamento que se faz presente no momento em que pensa a respeito dele. Passado é presente. Porém, não importa em qual momento do presente você o invoque, continuará sendo o que sempre foi, passado. O futuro é um pensamento idealizado e formado pelo encadeamento de acontecimentos que formam um imaginário, um sonho ou um pesadelo, mas algo que materialmente dizendo é intangível. O passado não é, se não no presente. O futuro nunca é, se não no presente. O presente é um presente, é o momento em que você lê o que lê, escreve o que escreve, pensa o que pensa, vive como vive.

#8
Situações cotidianas que são ditadas e regulamentadas pelo poder legislativo são cumpridas pelo executivo, tanto que a cada ano que passa aumenta-se o efetivo de profissionais do executivo. São agentes executadoras da censura legislativa que privilegia uma minoria. A ilusão vendida é que a legislação é democrática e serve para todas as classes e raças. Isso é verdade, pois é no legislativo. Mas o executivo não entende isso. O executivo entende que, como o Estado é gigante e a população se separa em classes, devemos fazer valer o interesse daqueles que nos pagam, daqueles que detém o poder, daqueles que realmente tem o direito. Na prática, eles protegem a minoria, a minoria elite. Como se já não bastasse todo o poder privatizado que eles tem, ainda tem o apoio do Estado, pelo menos o apoio do executivo. Isso faz com que eles sejam impenetráveis, invencíveis, intocáveis.

#9
O mundo inteiro comendo McDonald's por $1 enquanto nossa coxinha com catupiri custa R$4,50. Sim, nossa coxinha é foda. Nós que fabricamos o carro e exportamos para o México, de tão boa qualidade e excelente custo, compramos ele por em média uns R$40 mil, enquanto nossos hermanos tequileiros  pagam mais ou menos R$23 mil, incluindo todas as taxas. A lógica de mercado que eu nunca irie entender.

#10
Você deseja tanto que seu país mude, que seus pais mudem, que sua empresa seja diferente, que sua esposa seja de um jeito, que a sociedade passe a enxergar de uma nova maneira, que a política passe a ser mais justa, que não exista desemprego, que as pessoas tenham mais respeito umas pelas outras, que tenham mais consideração no atendimento, que tenham mais amor. Você quer uma mudança aqui, ou uma mudança ali. Você quer que as coisas mudem. As coisas têm que mudar. Tudo tem que mudar. Mas saiba que quando eu morrer, estarei no céu, do mesmo jeitinho em que eu deixei a Terra, talvez até mais novo, mais limpo, "mais melhor". As coisas mudam, eu ... eu tento mudar.

04 julho 2016

Das coisas que eu vejo, mas não sei dizer

Sinto o cheiro de seu sentimento,
nunca tem o seu consentimento,
nem jeito de mostrar o momento,
pois logo vira passado,
página virada.

28 junho 2016

Diz, dizem, digo

Diz a lenda que todos nascemos para sermos felizes, de um ou de outro modo; seja na vida ou seja na morte; antes ou depois. Não importa, se houve um grande sofrimento espere por um grande conforto. Há casos [os mais abençoados] em que é possível ser feliz tanto na vida como na morte, ou pós-morte. São aqueles considerados mais afortunados! 
Dizem que o amor cura tudo, que não há dor quando se há amor. Dizem que para todo pé tem o seu sapato e para cada mão tem o par adequado de anéis.
Dizem que um dia choveu tanto, tanto, mas tanto que não havia nada que não estivesse encoberto pela água e que depois de tanto chover, depois de umas 6 semanas tudo acabou e com um grande arco-íris ficou como selo de que aquilo nunca mais se repetiria.
Também dizem que coelhos põem ovos de chocolate, que velhos saem do Polo Norte com um saco nas costas entregando presentes em um determinado período do ano, que a formiga só trabalha porque não sabe cantar e que Elvis e nem Michel Jackson morreram, vivendo por algum lugar aqui do Brasil.

27 junho 2016

RESENHA: Manual de Epicteto (Enchirídion)

Epictetus - Anton Raphael Mengs (1754 - 1756)


"Todas as coisas tem dois lados: um suportável e outro não suportável."

O Enchirídion, traduzido como manual, conhecido como Manual de Epicteto, é a coletânea de discursos feitos por Epicteto que foram anotados por seu aluno Arriano (Lúcio Flávio Arriano Xenofonte). Essas anotações que foram feitas em um pequeno caderno passou a ser um pequeno manual que contêm conselhos éticos Estoicos que auxiliam o indivíduo a agir da melhor maneira, conforme  Filosofia Estoica. É importante dizer que o Estoicismo foi uma escola de filosofia no período helenístico, mostrando que todo sofrimento está pautado no julgamento e que não há nada na natureza que seja mau em si mesmo, sendo o mau algo criado pelo julgamento errado a respeito da natureza. O Estoicismo voltava-se para as ações de um indivíduo, não para as palavras que este diz, assim, é uma filosofia orientada exclusivamente à prática. Sua referência se pauta na natureza e todo comportamento adequado está em harmonia com a natureza.

21 junho 2016

RESENHA: Elogio da Loucura

Elogio da Loucura - Capa do eBook
Eu jamais desejaria beber com um homem que se lembrasse de tudo.
Odeio o ouvinte de memória fiel demais.

A obra Elogio da Loucura é escrita por Erasmo de Roterdã a qual é enviada para a apreciação de Thomas More. A obra é uma comédia que tem como primeiro objetivo divertir o leitor e tirar bons sorrisos com a apreciação das palavras em relação com o real. Por seguinte, a obra visa criticar as ações humanas através do crivo da loucura, em especial, criticar os posicionamentos humanos que se enchem de soberba, sentindo-se superiores aos outros humanos. Nesta comédia há, além das pilhérias, uma crítica muito profunda em relação aos costumes religiosos da época, às relações da monarquia com a população, à presunção do homem frente a tudo aquilo que se julga superior ou saber algo além daquilo que compete o seu discernimento. As críticas aparecem na mesma medida que aparecem as piadas, sendo uma coisa só e conseguindo ser engraçado, irônico e perturbador. Mas como já mencionado, a intenção de Erasmo era se divertir com a obra e elogiar a Loucura de tal modo que conseguíssemos entender sua importância e sua presença ao decorrer de nossa curta vida.
Por ser uma obra que deve ser lida com calma, atenção e que exige reflexão para a adequada absorção e aproveitamento do que ali está contido é interessante fazer notas daquilo que julgar interessante e proveitoso para poder ter uma melhor reflexão acerca daquilo que leu, bem como poder reler esses pontos e fazer suas associações mentais em relação a isso. Defendo esse meio por razão de eu ter feito desse modo, pois a saber, não sei se isso é realmente relevante e necessário para demais leitores, mas para mim foi. Deixo isso aqui exposto para que saiba que a resenha conterá trechos copiados literalmente da obra lida em questão, contendo algumas adaptações seguidas de comentários formulados a partir de meu entendimento. Os trechos foram selecionados por meu julgamento do que acho interessante na obra, não tendo necessariamente um compromisso acadêmico.

13 junho 2016

Pensamentos vagantes

Como é possível ler e reler várias vezes o mesmo parágrafo e enquanto você lê se dar conta de que outras imagens e outros eventos estão passando na frente de seus olhos em meio as palavras que lê?
Isso só é um problema porque não está acontecendo em relação a leitura que eu faço, mas em relação a pensamentos anteriores à leitura.
Você está lendo em um alto tom de voz mental e vai reduzindo para que possa deixar mais fluída sua leitura e vai seguindo buscando entender o que lê. A certa medida você acredita que está conseguindo, mas depois que percebe que não entendeu o que leu após ver alguma palavra de ênfase e se dá conta de que está pensando "na morte do bezerro" você fica perplexo e se dá conta de quanto tempo isso tem ocorrido nesta única atividade. Depois percebe o quanto isso acontece ao longo do dia. Ao decorrer de meses, anos ...

Quantas leituras já não foram desperdiçadas com pensamentos transitórios?
O curioso é que esses pensamentos, os que vagueiam atrapalhando atividades de concentração, devem ser importantes se estes são recorrentes. Mas porque ficam no inconsciente atrapalhando atividades que requer consciência? Seria um sinal de que você deveria largar o que está fazendo para se aprofundar no pensamento que teve ou tentar alguma ação que esteja relacionada a este pensamento vagante?

Não creio que seja de todo dessa maneira, pelo menos não em nosso sistema de vida atual, inserida em uma sociedade com ditames morais e outras coisas que deve fazer uso. Por exemplo, isso é muito recorrente em quem está apaixonado, que não consegue exercer uma única atividade sem que pense na amada. Também é um pensamento muito recorrente em mães preocupadas, em que não consegue se entreter com nada enquanto o filho não volta. 

Paixões em geral, preocupações no todo, lembranças que deseja viver, sonhos que irão transcorrer. São pensamentos vagantes que influenciam seu presente sem nada lhe dar além de devaneios. 

Uma vez alguém me disse que quando não há palavras para descrever, o que é indescritível, deve-se guardar no silêncio e viver o que não se pode descrever. 

É genial! Pois, como diria Abujamra "O que é a vida?".


12 junho 2016

Vinculos ou Vinhos?

"- É muito importante você enxergar e perceber esses vínculos que você tem com as pessoas.
- Nosso caso seria de vinhos, vínculos. Vínculos em que são compartilhados  com vinhos. É muito importante esses vínculos de vinhos, não é mesmo?"

07 junho 2016

Is your drug

I'm a drug and I know that.



Coloque um toque de lisergia na língua para lembrar a pulsação quente que vibra no meio de suas pernas.
Coloque um cigarro negro na boca com gosto de cravo para lembrar as delicias provocadas pelos lábios.
Ouça um pouco de House e se ficar triste lembre-se do Indie.
Sinta aquele suspiro quente seguido do roçar de uma rala barba em sua nuca que te arrepiava e te fazia fechar os olhos, se entregando,  imaginando coisas que ouvia em seus ouvidos levando ao perdimento de si e deixando que sua imaginação lhe conduzisse sem qualquer controle.

02 junho 2016

RESENHA: Conversando com Deus, livro I

Conversando com Deus - Capa do livro

O livro Conversando com Deus é um livro concebido pela inspiração divina que o autor, Neale Donald Walsch, teve e com isso compôs um diálogo com Deus, o qual resultou neste livro. O surgimento desse diálogo aconteceu quando o autor estava fazendo uma carta para Deus fazendo perguntas as quais buscou a vida toda responder, mas não tinha encontrado respostas satisfatórias para estas questões. Segundo o relato do próprio autor, quando terminara de escrever a última pergunta e estava largando a caneta, percebeu que sua mão ficou imóvel com a caneta parada em cima de onde estava escrevendo, como se houvesse uma força invisível, começando assim o diálogo.

31 maio 2016

Status de WhatsApp

"Antes eu era o outro, depois virei um ponto. Trata-me como o outro e me mantenha como um ponto."

No passado eu era o que não sou. O que agora sou não corresponde ao passado, porém, a razão de eu ser o que sou foi por pulsões biológicas que ocorreram no passado para me transformar no que sou. Essas pulsões foram idealizadas de forma a não deixar de ser o que eram quando surgiram, principalmente com o objetivo que se tinha em mente por se fazer o que eram, o que agora já não é. Virei um ponto, mesmo que antes eu ainda era um ponto. Um ponto de interrogação, exclamação, reticências (o que costumo sempre ser), vírgula, ponto final. Já não sou o que eu era e a cada "never more" deixo de ser o que sou. Quando eu era o que era, era melhor. Depois que passei a ser o que sou passei a ser tratado como o que não gostaria de ser. 
Eu sou o ponto e serei até o momento em que a vida, as pulsões e o pensamento me permitir ser o que continuo a ser sou. Mas a maneira como sou considerado era muito melhor quando eu não era. Mantenha-me e considera-me!

28 maio 2016

Livro aberto

Que tipo de pessoa você é? 
Sou um livro aberto, que dispõem de um longo texto que é escrito e reescrito e mostra borrões ao longo do que é escrito. Não há muitas pessoas interessadas em ler um livro, ainda mais se este livro for do tipo reflexivo abstrato que lança metáforas para tentar explicar de modo mais simples aquilo o que pensa, o que é. Mas muitos leitores não entendem as metáforas e acha que o problema está no livro, pois foi escrito com palavras complicadas e frases que só tem sentido para o próprio livro. Em suma, o problema está no livro, pois não foi escrito para a maioria dos leitores que o têm acesso. De qualquer modo, o escritor deste livro não acredita que há problema no livro, mas o problema é nesta relação leitor - livro. O livro não foi feito para aquele leitor e nem aquele leitor foi feito para este livro. Apesar dessa relação opositória tensa ser igual para ambos, os dois tem um modo particular de lidar com tal tensão. O leitor cansado do livro, larga-o em qualquer canto. Quando mais gentil, opta por organizar e coloca ele em algum lugar junto de outros livros, em um lugar que o fará ser esquecido, assim como já é estes muitos outros livros que o farão companhia. Em outros casos, ainda um leitor gentil, dá de presente para algum outro amigo leitor dizendo que aquele livro é indicado para ele. Quando seu amigo leitor pergunta o porque ele não sabe responder, mas diz que tem a cara de seu amigo, ficando a critério de seu amigo interpretar isso, posteriormente, como um elogio ou um insulto. Em outras circunstancias este leitor jogará o livro no lixo, talvez o queimará, talvez o deixe para seus filhos pequenos brincarem com ele até que o rasgue. Há alguns outros que prefere doar para uma livraria, vender, enfim, dar outro fim.
Mas, ao livro, o que lhe cabe fazer? Apenas aguardar ansiosamente o fim que receberá. Não o que se possa fazer, nem súplica a dizer, nem se opor ao fim escolhido. Ficará a espera de alguém para compartilhar sua história, suas glórias, suas tragédias, viver através de alguém. A alegria se faz em vida, ainda mais quando passa a ser a própria vida, pois deixa de ser objeto para ser imaginação, ação. Transforma-se em alguém, deixando de ser algo. É possível que encontremos Sofia ou mesmo Alberto passeando pelo nosso mundo, talvez os dois juntos, passeando de mãos dadas, procurando um meio de existir. É tão possível quanto impossível, pois é e não é.
De qualquer modo, sou um livro aberto e também sou um leitor assíduo. Leio através de meus olhos, ouvidos, narinas, sensorialidades de meus toques em contato com aquilo que leio, leio através de minhas percepções. Depois, depois de perceber aquilo que leio, ou que julgo ler, interpreto, raciocino, mentalizo, crio, faço existir uma nova história através daquilo que percebo. Então, quando alguém me pergunta sobre aquilo que li, dou uma resposta que condiz aquilo que eu criei. Se esta resposta for satisfatória com a criação daquele que me pergunta, então haverá concordância. Do contrário, discussão. Em ambos os casos haverá uma alteração, assim a criação será outra nova, deixando de ser o que era.

Ora sou livro, ora sou leitor, ora sou lido, ora escritor. Sou e não sou, deixo de ser, às vezes não sendo nada e assim confunde-se com o tudo. Se pedes para explicar-me é o mesmo que dizer ao mágico para lhe revelar o segredo de sua magia. É muito melhor descobrir por conta própria, pelas próprias pernas, pela própria dor. Quer que mastiguem sua própria comida? Por acaso seus dentes já se fazem ausentes? Não seja tolo a deixar que descubram a vida por você, quando dispõem de um par de olhos e ouvidos.

Sou um livro aberto, um escritor, um cidadão. Passo a ser qualquer outra coisa a depender de seu julgamento. Uma fralde, um mentiroso, um transgressor. Não há chaves e nem dicionário adequado para se interpretar tal escrito, mas há os leitores adequados para entender o que aqui está escrito. A mensagem nunca é igual, por mais que o texto seja o mesmo. O leitor do mesmo modo também não o é, assim como o livro que leu sempre será único enquanto continuar a lê-lo.

É fácil entender? É fácil ser você?

Que tipo de pessoa você é?

23 maio 2016

Censura mental

Sempre que eu começo um post tenho um objetivo com ele. O primeiro de todos, o qual nem penso por ser tão natural, é o de descarregar energias múltiplas em uma plataforma em que posteriormente eu possa ler e buscar entender essas energias, depois que assumem uma forma. O segundo sempre está aliado a um interesse oculto que só se manifesta em pulsões, em sensações, em coisas as quais ainda reluto em nomear, mas talvez já saiba como. O que ocorreu na frase anterior foi uma censura. Esta censura é feita por mim e para mim. Segundo a regra da censura é para me proteger de reações adversas do mundo. Mas escrever e publicar em um diário online e depois compartilhar com os amigos do Facebook, GooglePlus, deixar as postagens públicas para acesso de todos, é um modo que outra extremidade que não está censurada (não conscientemente) busca expor-se de forma a encontrar-se com o mundo, procurando observar as reações adversas e entendê-las para se compreender. Quantas vezes tive um objetivo com cada post e na hora que digitei, por deixar tão abstrato, me dou conta que não falei nada do que gostaria e acabo por apagar ou guardando como rascunho. Quantas vezes ouvi uma música ou visualizei uma imagem e me inspirei a criar uma mensagem para que correspondesse com o sentimento daquilo que vislumbrei? Então, vem de forma forte e clara, depois passa pelo intelecto e é carregado de lixo intelectual. Lixo esse que às vezes parece bonito para alguns, extravagante para outros, desnecessário para muitos (inclusive para minha Alma), mas sempre utilizado por meu Eu consciente, que busca se proteger constantemente.É uma vergonha!
Então, cá estou Eu, com o objetivo de me esclarecer através do que escrevo, e quando leio, percebo, que mais eu confundo do que esclareço! São as artimanhas da mente que faz com que ele mente. Só permito isso porque sei que chegará uma hora que estará tão cansado de tanto escrever e nada dizer que depois de tantos "tecs-tecs" se cansará de tudo e mandará tudo ao ar, sendo deselegante e despojado como já fora um dia. Ah sim, sempre demonstra uma saudade reprimida de alguma ou outra característica que tinha. Isso é gostar de sofrer, porque, sofrer por nada, é gostar de sofrer.
Mas será que é sofrer? Será que não há uma didática por trás de tudo isso? Será que não há uma mensagem, um quebra-cabeça a ser resolvido? Não seria como Lara Croft e os enigmas que se apresentam para que o jogador continue em frente? 
Mas quem seria o player além de mim? Se quando olho para dentro vejo pelo menos três, certeza que há uma disputa para ver quem controla. Por ora há um dominante, tanto que quando começou esse post alguém no fundo dizia para começar. Opa! Um dá o início. Dois desenvolve o que foi iniciado. Três julga o trabalho dos dois primeiros. 
Se há um acordo entre os três esse post sai do rascunho e se torna público. MAS, existe aquele que é mais fraco, aquele que intermédia entre os dois, e tem o forte. Às vezes, quando o forte decide fazer tudo por conta ele só publica merda e através de seu julgamento não permite apagar ou coisa do tipo. O intermediador auxilia na comunicação e ajuda no desenvolvimento de ambos, mas não cria e nem decide se publica. O fraco só cria, dá ideia e diz aos dois o que eles devem trabalhar, o que fazer, o que criar, mas no fim, não é ele que cria. Através de estudos e análise estou sendo orientado a deixar o fraco fazer maior parte do trabalho, mas o forte não permite, pois de forte é só o seu poder, pois é um cagão mesmo.

Mas, ao ler o que foi escrito e ler o título, creio já ser o suficiente para entender o que se passa em vossas mentes, ou, a priori apenas na "casa" do autor.

20 maio 2016

Relendo poemas, relembrando momentos

Um convite se fez presente em um momento tão conturbado que só era expresso no encontro daquele que é contemplado. O convite foi aceito, mas deixado a qualquer momento.O momento se fez presente, me convidei para o convite que foi aceito gentilmente. Parto para o encontro e sou convidado a entrar. Eu já não era o mesmo, ele também não. Mas o que importa quando o que se faz presente são os sentimentos dos corações? - Nossa, como você emagreceu - com um sorriso e desdém da afirmativa me respondeu - Quase não tenho tempo para comer, emagreci mais de 10kg (...) - imaginei. Ao entrar fazemos um programa similar, mas num conforto familiar, como boa mãe que se mostra ser. Vinho e verdinho acompanhado de salgadinho. Foi uma alegria depois de tanto tempo rever o momento, mas lembrei que nenhum momento é como já foi o outro, então muita atenção eu prestei. Ouvi, ouvi e ouvi. Depois ouvi a música, ouvi o insulto, ouvi a desconstrução e continuei ouvindo. Entorpecido e muito atento ao que eu ouvia, já tinha me esquecido de ouvir a mim mesmo. Percebi que tudo o que tinha ouvido não se dizia respeito a quem eu tinha conhecido, porque já não era o que era. Entendi. Na insegurança que se tem a respeito da confiança faz com que mostremos apenas o que é superficial, como o fim de um copo de vinho. Percebe-se apenas que acabou, porque é isso mesmo que os nossos olhos mostram, ou que nossos ouvidos ouvem. Tudo faz parte. É hora de partir. Percebi que nem por um minuto o silêncio se fez presente, talvez porque ele diga muito e não queremos ouvi-lo. Confuso, entorpecido e com atenção dividida  eu me perdi. Nisso eu vi a raiva ser expressada, o que me fez sorrir. É hora de partir e o mínimo que se pode fazer ou dizer é agradecer pelo curto momento que se pode curtir.

Agradeço pelo momento e pela paciência, pai!

19 maio 2016

Já era

Já se deu conta o porquê faz o que faz? Já identificou a causa primeira que lhe faz ser efeito para geração de uma outra causa? Já se sentiu perdido? Já se sentiu deslocado em ambiente familiar? Já lhe ocorreu em seus pensamentos que você poder se uma fraude? Já lhe passou em sua mente a insegurança de escolher A, B ou C? Já imaginou que tudo isso pode ser sua imaginação? Já se imaginou diferente do que é? Já tentou ser diferente do que é? Já foi diferente do que é? Já agradeceu por ter aberto os olhos alguma vez? Já agradeceu por não ser mulher? Já agradeceu por não ser homem? Já agradeceu por ter um emprego? Já agradeceu por não tê-lo? Já fez  o que deveria ter feito? Já deixou de fazer? Já era ...

Já se perguntou por que escrevemos o que escrevemos?
Já tentou responder cada uma dessas perguntas que foram feitas?
Já descobriu o por quê?

Já houve momentos melhores e momentos piores, o que faz sentir que está no limbo, aguardando pelo melhor ou pelo pior. Fica ansioso com sua chegada, não pelo medo de se fuder literamente, ou pela pressa de gozar aquilo que te apetecerá, mas ansioso por não saber o que vem e saber que vem.

Já deixou de ser louco? Já foi louco? Já?

Pupilas dilatadas

As araucárias embelezam a paisagem das seis
com o crepúsculo de pano de fundo,
parecendo até que são sombras no muro.

Cogito em dizer sobre sua beleza,
mas o movimento não permite dizer
sobre a contemplação da natureza.

Observando outros passageiros,
percebo que não há mais ninguém
a contemplar.

Então observo pelas lentes transparentes
que há pupilas dilatadas evidenciando
o sentimento que não pode dizer,
que não a permite ver,
pois há muito mais beleza nas araucárias
que um crepúsculo mostra
depois de uma tarde ensolarada.

12 maio 2016

às vezes

Às vezes só queremos ter algo para escrever, algo interessante que possa fazer alguém querer ler, que minimamente nos faça regozijar no prazer de ler e reler, admirando o sentimento que ali contém, a lógica utilizada para subliminar aquilo que só jogadores são capazes de entender, descobrir.
Às vezes só queremos um pouco de atenção, não uma multidão, mas um ser em questão que mais do que amor lhe é gentil, querendo preservar-te.
Às vezes só queremos não estar onde estamos, deixar de estar, deixar ir, deixar, devir. Então, você lembra das contas à pagar, das responsabilidades à honrar, de um nome à zelar, de tudo um pouco que o mundo lhe cobra pela simples razão de existir na condição que existe, sobrevive.

Às vezes só queremos o "às vezes", pra variar, pra descontrair, para qualquer coisa que vir, mas, que venha acompanhada, bem acompanhada, com uma taça de vinho na mão e na outra segurança, segurando a mão da liberdade, sendo esta acompanhada de um sorriso monalísico, convidando-lhe para qualquer caso que às vezes acontece.

Às vezes só queremos que seja diferente

10 maio 2016

A inconsciência de se importar

Já não quero mais explicar, pois nunca consigo me fazer por entendido. Então, aceito como parte de mim, como sendo Eu mesmo, algo inerente ao meu ser que sem isso, não seria Eu.
"Tornar-te aquilo que és". Nietzsche

05 maio 2016

Mais um aniversário

Quinta-feira, 5 de maio de 2016, em muitos lugares dizem que estou completando 23 anos. Dou fé. Levanto da cama como habitualmente, me visto correndo, pego minha bolsa e me despeço de minha esposa, tudo sendo feito como habitualmente.
Encontro as pessoas no ponto e digo em alto tom "Bom dia", seguindo a rotina de sempre. Embarco no ônibus e novamente a ideia volta a minha cabeça.
"É seu aniversário! Você está fazendo 23 anos, o que tem mudado? O que há de diferente entre seus 22 e seus 23? E os seus 21? E seus 20? O que está diferente? Você está fazendo as mesmas coisas sempre!"
Paro de pensar nisso, mudo meu pensamento, me lembro que os pensamentos eram diferentes dos que são hoje, então, reconheço a mudança, mas, não sou hipócrita para acreditar que isso é decorrência do passar dos dias e que depois de + ou - 365 dias tenho uma grande revolução. Na verdade, acredito que esta revolução em um grande dia, como o aniversário, é possível, mas que pode ocorrer em qualquer dia, em qualquer momento, a qualquer hora, em qualquer lugar, de qualquer modo, não sendo necessariamente o dia em que completa mais um ano o dia da reviravolta.

Surge uma carência afetiva, uma necessidade de ser reconhecido por algo, de ser visto com olhos diferentes daqueles costumeiros olhares cansados de quem segue suas rotinas extenuantes, aclamando por uma interação que faça sair de sua rotina, sempre esperando pela ação do outro, com medo do julgamento. Então penso Como seria se eu dissesse ao mundo que hoje é meu aniversário de 23 anos? Diria "oi, sabia que hoje é meu aniversário?", aaah, idiota, é claro que a pessoa não sabe, ela não sabe nem mesmo o seu nome, nem onde você trabalha, nem nada. O máximo que ela sabe é que você pega o mesmo ônibus que ela. Sim, nesse momento me reconheço como um idiota, mas eu mesmo me conforto considerando a hipótese de que há outros idiotas como eu.

Quase chegando ao louvável e admirável ganha-pão recebo um SMS me felicitando pelo meu aniversário. Meu primeiro parabéns do dia, de minha mamãe. Todas aquelas palavras utilizadas para fazer você se sentir especial e tu não ter nem mesmo 1 real de crédito para poder agradecer o carinho de sua mãe. Que louvável e admirável, heim? Sigo o percurso.

Então, durante o resto do dia, por uma grande maioria, recebo aquelas felicitações clichês, mostrando que existe muitas pessoas que se importam, que são gentis, que cumprem um protocolo, que sentem vontade de uma interação diferente do bom dia, que sentem pena, enfim, que sentem ou seguem qualquer coisa, mas que no final das contas, não tem importância. Há alguns casos que são interessantes, pois parece irônico suas felicitações ou protocolar mesmo. Outras são bem incomuns do tipo "É hoje né, é hoje ...". Bom, o mais interessante de tudo é você está trabalhando com essas pessoas há quase 3 anos e sempre que faz aniversário ou alguma situação que requer sua idade, nunca sabem, sempre perguntam "quantos anos?". Não os culpo, só os denuncio. Não os culpo, pois também não sei a idade da maioria, ou talvez de ninguém, mas isso mostra a distância que temos uns dos outros. Interessante é que nas primeiras vezes eu disse 21, 22 e ... 28! Poise, eu menti e maior parte acreditou, ou fingiram ter acreditado só para não ter o trabalho de continuar a conversa.

Depois, entro na minha caixa de e-mail. É incrível como as empresas prestadoras de serviços online oferecem os 10% de desconto o ano inteiro e quando chega no seu aniversário eles dizem:
"Parabéns, feliz aniversário! Muitas felicitações para você. Por causa de seu aniversário estaremos te dando incríveis 10% de desconto na compra de qualquer coisa em nosso site".
Poise, o que eles oferecem o ano inteiro não faz diferença no dia do seu aniversário. O melhor presente que eles poderiam ter me dado é nada. Nenhum spam já seria muito útil.

Sim, meu dia de aniversário foi mais ou menos por ai, nada surpreendente. A noite, enquanto escrevo, está muito melhor, mas se deixo uma dica sobre o que me agrada, só escrevo duas palavras: dar risada.

27 abril 2016

Reduzindo as diferenças

A ideia que mais se prega é: somos todos iguais.
Mas, algo que deve estar claro é: em relação a que somos iguais?

A igualdade é um recurso da matemática que usamos para resolver operações, assim, temos um olhar diferente sobre um dado problema. Por exemplo, eu sei que um chocolate mais um chocolate significa que eu tenho dois chocolates. Ou seja, em termos de QUANTIDADE, significa que ter um chocolate em cada mão ou ter ambos na mesma mão, ainda sim, significa que eles são iguais, em termos quantitativos. Mas, esses chocolates são iguais? Sim, em sua denominação eles são iguais. De qualquer modo, são chocolates. Mas se eu disser que um chocolate é branco e o outro é preto, ainda sim poderia dizer que são iguais? Sim, eu posso! Pois, são chocolates. Isso significa que ambos tem o mesmo sabor? Bom, a não ser que você tenha alguma diferença gustativa em relação a maioria das pessoas, ambos não tem o mesmo sabor, pois são fabricados e constituídos por elementos diferentes e por processos diferentes, o que implica em um produto diferente. Então posso dizer que estes dois chocolates são iguais nos seguintes aspectos:

  • Em termos matemáticos, levando em consideração a soma (1 + 1 = 2 ou 2 = 1 + 1);
  • A definição de ambos é a mesma, em sua essência são chocolates;
  • Até então, possuem o mesmo substantivo, podendo se referir a um ou a outro pelo mesmo nome;

É claro que o que foi mencionado acima é um caso a parte de toda a natureza, mas, falando em natureza, o que realmente se encontra de igual em toda a natureza? Digo, sem querer falar que as onças são iguais porque são onças, pois é a mesma coisa do chocolate. Veja, a igualdade de elementos na matemática é expressa assim:

x = y, da mesma forma que y = x (x é igual a y, da mesma forma que y é igual a x).

A igualdade é um recurso estritamente INTELECTIVO, apenas encontrado presente em resolução de problemas, no papel, na fala. 

Então, entre os dois chocolates, há as seguintes diferenças (considerando apenas os dados de um ser chocolate preto e outro ser chocolate branco):

  • A característica de coloração é diferente;
  • Seu sabor é diferente;
  • A composição de seus elementos que o faz ser chocolate são diferentes.


16 abril 2016

A loucura de acreditar que somos todos iguais

E isto não é a loucura defendida pela democracia? Quem acredita que somos todos iguais é, no mínimo, um ser delirante ou dotado de más intenções. Existe atributos que nós, seres humanos, detemos em comum, mas isso não nos faz iguais.
Somos seres de uma mesma espécie, que estamos inseridos em um modo de vida ditada por algum sistema convencionado por detentores do poder público que nos obriga a sustentar pacificamente este controle e nos faz acreditar que é assim pela segurança de toda a população. É meesmo, é?
Em resumo, dizem lhe oferecer segurança para proteger de vocês mesmos, população x população, dizem lhe dar a educação básica convencionada por eles, aquela educação que os ajuda a manter onde estão, dizem lhe dar assistência em caso de eminente perigo, aquele perigo que eles mesmos te colocam para lhe dar esmolas para não te deixar morrer. E você trabalha para manter isso e acredita piamente que este é o melhor modo de se viver. Acredita que seria pior se não houvesse tal tipo de ordem pois caso contrário seria uma guerra civil de proporções mundiais e que nunca cessaria, pois não tem ninguém para regulamentar o certo e o errado e principalmente proteger você de algum cidadão que queira abusar do poder contra você ou seus semelhantes.

06 abril 2016

Só porque conhece já pode considerar amigo

Marketing nojento este de mandar convite para seus 1000 amigos sem ao menos aplicar um filtro para selecionar aqueles que tem interesses comuns aos seus em relação ao conteúdo que está compartilhando.
Tipo, seleciona todos, clica e enviar e foda-se. Nem perguntou como é que estou. Nem sabe se aquele conteúdo me ofende. E se digo que ofende ele poderá dizer "foda-se você, é só ignorar" e blá blá blá.
Para perguntar como é que tá, convidar para o churrasco, para as festas de aniversários, para as baladas, para os casamentos, para um encontro no parque, para se distrair de qualquer forma, NUNCA NÉ? Agora para divulgar sua página de serviços, seus produtos, suas festas que quer que seja badalada, para lhe dar moedas em jogos online do Facebook, para te ajudar como referência em algum serviço e te dar descontos que só VOCÊ aproveitará, nossa, a todo momento aparece suas solicitações.
Pois é só isso mesmo, solicitação. Você só solicita que lhe ajude com algo, mas e me ajudar? Precisamos pedir ajuda para que alguém vendo você até com a cabeça abaixo d'água precisa pedir ajuda?
Ah, mas para curtir suas fotos que mostram sua vida maravilhosa, seu lindo emprego, sua família linda e saudável, curtir e compartilhar para isto sou útil, não? Para lhe dar apoio em seus pensamentos Facebookianos, para lhe dar feliz aniversário quando aparece sua notificação, para responder as enquetes para apoiar algum pseudo amigo seu, NOSSA, a glória né?

Nem cutucar-me em todo nosso tempo de amizade Facebookiana tu fez, nem ter mandado "oi" ou mesmo um "bom dia", ou ter curtido qualquer coisa que tenha em minha linha do tempo, ou compartilhado, ou simplesmente dado sua opinião sobre aquilo com algum comentário, nem mesmo que seja "_|_". Poise, mas como disseminador de seu conteúdo, apoiador marketeiro de suas ideias, você lembra de mim. Oh! Desculpe. Na verdade você não lembra, você só clica na caixa de seleção "Todos" e envia o convite, fazendo-me imaginar, ser solitário que sou, que neste momento tu tinhas se lembrado de minha pessoa, mas raciocinando um pouco melhor eu me dou conta que não.

O pior mesmo de tudo isso é saber que pessoas pensam o mesmo de mim, e cheios de razão, porque isto a psicologia denomina como consciência coletiva, não é? Estamos seguindo esta cultura pop, cheio de maravilhas como ela é. Celulares, notebooks e carros mais modernos, tablets, cinema 3D e mais uma caralhada de coisas práticas úteis para nosso lazer.

Parece que as pessoas se transformaram nas mesmas coisas que elas criaram: objetos! Todas tem uma utilidade e um fim prática, fora disso as emoções não contam, a não ser, é claro, se tenha uma plano futuro com tal que esta emoção impossibilite tal ação, mas em todo caso ainda sim é uma matemática de valores de interesses práticos, sem o feeling.


28 março 2016

RESENHA: Ética e Vergonha na Cara!

Ética e Vergonha na Cara! - Capa do livro

O livro Ética e Vergonha na Cara! é escrito em forma de diálogo por Clóvis de Barros Filho e Mario Sérgio Cortella que debatem sobre as questões éticas que encontramos no dia-a-dia e sobre os principais pensamentos sobre o assunto, fazendo ganchos das reflexões atuais com as que vigoravam em épocas mais remotas, como o pensamento ético na civilização grega, esta que por sinal é mencionada como os pilares da sustentação do pensamento ético existente atualmente. A citação da primeira página, de Rui Barbosa, ilustra com maestria o que será abordado ao desenvolvimento do diálogo, sendo a seguinte citação “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

24 março 2016

Quando há concordância em tudo


Pode saber, alguém está mentindo! Ou então seremos higienizados, valendo-nos do eufemismo, para dizer que alguém ou até mesmo os dois, dentro de um discurso, estão sendo desonestos. Ou então melhor, estão sendo educados em evitar uma discussão desnecessária, ainda mais tratando-se de um estranho. Ou então do seu chefe do trabalho, que qualquer "A" que sai de sua boca é verdade por razão dele ser chefe. Falácia apelo à autoridade. Até mesmo quando seu companheiro diz "Olha que massa" e você responde "Poise" ou nem responde nada, vácuo.
Poise ... em determinados momentos isso dá náuseas, em outros tristeza. Há pessoas que ficam muito chateadas quando são contrariadas, refutadas, quando a opinião do outro difere da dela e não é capaz nem de mudar de opinião e nem de fazer o outro mudar. Mas isso não é o pior, pois poderia em um ato polido dizer "Oh, infelizmente discordamos neste ponto. Deixemos de lado e debatamos isso em um momento em que estivermos mais maduros!", ou então "Nois não concorda com isso, melhor falar sobre outra coisa, né?". Normalmente acaba ficando em um ciclo vicioso criando o bate-boca e depois um dá as costas para o outro. Ou para não gerar a discussão, apenas concorda.

21 março 2016

Falando da flor para a flor



"Palavras, apenas. Palavras pequenas. Palavras". - Palavras Ao Vento - Cássia Eller

Mais uma daquelas sextas-feiras costumeiramente maravilhosas por saber que foi o último dia da semana em que você teve que acordar cedo para ir trabalhar. Sim, a alegria se dá por razão do dia seguinte não ser um dia útil (e acredito que usem este termo para desqualificar quem gosta do descanso, em outras palavras, sábado e domingo é dia inútil, adjetivando isso a quem gosta desses dias), por ser obrigado (não se referindo a termos físicos aqui, embora isso em longa data se aplica) a ter que acordar cedo para cumprir um regime de 9 horas diárias para fechar a meta de 44 horas semanais. É por isso que te pagam, este é teu valor de mercado em razão de seu salário x tempo de trabalho.
Poderia enaltecer ainda mais a sexta-feira, mas parece que os dias se engradecem na medida que temos tempo e possamos dedicar nossa atenção as pequenas coisas diferentes que ocorrem ao longo deles.

16 março 2016

Superficialidade e a realidade

O que nossos olhos enxergam é apenas o que podemos ver e definir como real?
As pessoas são a sua aparência? As pessoas são definidas pela cor de seus olhos, cabelos ou cor de pele?
Podemos julgar o caráter de alguém através do que nossos olhos concebem?
A beleza visual é a única e verdadeira referência para definirmos realidade?

Nesses primeiros questionamentos fica evidente que o único sentido de percepção do mundo utilizado é a visão. Mas é sabido que minimamente dispomos de 5 sentidos básicos, sendo eles:

  1. visão;
  2. audição;
  3. tato;
  4. olfato;
  5. paladar.

Através desses 5 sentidos nosso corpo coleta as informações do mundo, processa-as em nosso cérebro e faz uma criação mental interpretativa, que costumeiramente chamamos de realidade.

10 março 2016

Diálogo imaginário

- Por que não posso estar junto?
- Porque perto de você eu não consigo ser Eu.
- Como assim você não consegue ser você?

08 março 2016

Descarte do lixo, transformação da mente

Quanto lixo se adquire! O pior é que se trata de lixo de tudo que é tipo. Lixo material e lixo imaterial. Aqueles livros e revistas que você não leu e que nunca irá ler. Aquelas vestimentas das quais tem vergonha de usar por estar tão desbotada ou por realmente achar muito feio em você. Aquela coleção de tampinhas que juntou quando criança e só vem à tona quando está procurando se desfazer de algo, mas não se desfaz porque diz que se desfazer daquilo é como se desfazer de si mesmo. Ou seja, a tampinha que era só tampinha passa a ser extensão de seu próprio corpo e mente! Aqueles relacionamentos que padeceram em sua lista de contatos e que você as mantêm porque de alguma ou de outra forma os conhece e usa o argumento de "um dia eu vou precisar". Aqueles pensamentos que fazem lembrar de momentos e cria ganchos com a realidade lhe suscitando os "se". Se eu tivesse feito isso, se não fosse de tal maneira, se eu tivesse dito, Seria diferente se ... Talvez possa surgir os "deverias" de tal modo que Eu deveria ter estudado mais, Eu deveria ter ouvido meus pais, Eu deveria ter ficado naquele emprego, Eu deveria ter me divertido mais. Tipo a merda daquela música que os Titãs cantam, Epitáfio, e só digo que é merda por ficar trazendo lamentações. Também pode ficar pensando: Como será que está a casa que morei há 20 anos atrás? Como será que o fulaninho está de vida? O que será que aconteceu com aquele colégio que eu estudava?

De qualquer modo, não seria tudo isso lixo?

02 março 2016

Coincidência do embarque da flor

Cláudia é uma flor que exubera alegria e está a espera do jardim chegar para que junto a ele possa embarcar.
Enquanto espera por seu jardim, distrai-se com o cotidiano no embaraço de um encanto.
A inquietação faz essa flor vibrar e as conversas internas, de uma certa forma, embaraçar.
Em tal embaraço seu jardim chega e pode embarcar para completar o jardim.

Jardim Cláudia

29 fevereiro 2016

Sobre opinião imparcial

Existe opinião imparcial? Ou seja,  existe alguma visão sobre um determinado assunto que esteja livre de convicções pessoais, livres dos achismos baseados no interesse influenciador de cada um? Acredito que isso seja um erro de definição do substantivo opinião associada ao adjetivo imparcial.

opinião
substantivo feminino
  1. 1.
    maneira de pensar, de ver, de julgar.
  2. 2.
    julgamento pessoal; parecer, pensamento.
    "não tenho uma o. formada sobre esse assunto"

imparcial
adjetivo de dois gêneros
  1. 1.
    que se abstém de tomar partido ao julgar ou ao constituir-se em julgamento; que julga sem paixão.
    "juiz, juízo i."
  2. 2.
    que não sacrifica a verdade ou a justiça a considerações particulares.
    "nem por comodidade nem por conveniência deixará de ser i."

17 fevereiro 2016

Realidade da informação nua e crua

www.agenciaopen.com
A quantidade de informação que somos bombardeados é absurda! Mais absurda que a quantidade de informação que somos expostos no dia-a-dia é a cobrança pela atualização constante da mesma. Acompanhando o Feed infinito do Facebook é informado com um post de cada página que você curtiu e/ou segue, compartilhamento de "Você sabia?" de seus amigos, da notícia que o ex-presidente que não sabia de nada (porque só animais dirigem o Estado mesmo), do presidente da Câmara que está mais sujo que as fraldas de minha filha, do governador que ordena sentar borrachada nos educadores, pois são baderneiros, das 7 dicas para ser feliz atualizadas, do crime de homofobia e outra hora heterofobia (vítimas por todas as partes), da crise financeira mundial, da crise econômica que já mais tinha sido vista em não sei quantos tantos anos, de um pernilongo mortal que se deixar uma piscina limpa pro bicho ele faz a festa, do aumento da passagem, etc, etc,etc por que já não estou mais com saco de ficar lembrando notícias chatas que não acrescentam em porra nenhuma! Inclusive as 7 dicas pra ser feliz, porque convenhamos, se fosse verdade estaria sendo vendida a milhões, pois nosso mundo é assim mesmo, capitalista opressor que está em um mercado que a lei é da oferta e procura e a quantidade de pessoas que desejam ser feliz ou ter uma receita de bolo que faça tal mágica está na casa dos milhões de pessoas (e de dólares também), minimamente.
Enfim, você vai conversar com seus colegas e nota que eles estão falando de um assunto que você não manja nada: Brasileirão.

16 fevereiro 2016

Many times, many thoughts


We have other lifes,
others jobs,
others loves,
others.

Others thoughts succumb in your mind
You're infected by synesthesia created
in other frequency.

You've fear,
You've miss,
You've empty.

You try to fill the empty with other things
that you know don't make effect.
The effect is unique,
the unique thing that you still
search to do a true smile.



An other thing that you forgot.

14 fevereiro 2016

RESENHA: O Mundo de Sofia

O Mundo de Sofia - Capa do livro
O Mundo de Sofia é um livro que foi escrito por Jostein Gaarder. Este livro contém a história da filosofia contada em resumo por um professor de filosofia chamado Alberto Knox para uma garotinha chamada Sofia Amundsen. Sofia e Alberto mergulharão na história da filosofia buscando refletir nas questões que dão a essência da filosofia como “De onde vem o mundo?”; “Quem é você e quem sou eu?”“Por que nós temos vida e consciência disto?”. Estas questões, assim como muitas outras, irão dar o ponto de partida para a pesquisa filosófica de Sofia, buscando entender as problematizações que outros pensadores de épocas muito mais distantes estavam lidando.

26 janeiro 2016

Rascunho

Estou constantemente cansado porque forço-me a estar consciente da maioria dos processos que ocorrem no meu dia-a-dia. Meditar significa desligar-se temporariamente da mente consciente e deixar o Piloto Automático ligado, ou seja, a mente inconsciente agindo por conta.
Quando deixo a mente inconsciente agir a maior parte do tempo passo a fazer o que minha voz interior diz, minha intuição, e geralmente são atividades muito diferentes daquelas que  meus familiares aprovam. Geralmente dá menos importância para minha atividade profissional e constantemente procura uma fuga. É real. Tenho uma atividade para entregar em que disponho de 9 horas diárias para concluí-la , mas, parece-me que só uso em média 4 dessas horas para tal atividade e muitas vezes essas 4 horas ainda são compartilhadas com outras atividades de estudo do meu interesse, como o estudo dos estados psicológicos, linguagem corporal, neurociência, astrologia, entre outros conhecimentos diversos.
Quando estou digitando essas informações apenas a decisão de colocar elas neste rascunho é consciente, pois o restante da informação é todo inconsciente, e minha decisão de escrever "consciênte" e "inconsciênte" e ter que apagar e escrever novamente para corrigir é uma decisão consciente, mas o  fato de escrever com acento circunflexo todas as vezes é algo enraizado em meu inconsciente que meu consciente luta para removê-lo até que uma hora consigo escrever essas palavras sem o acento circunflexo.
Provavelmente daqui em diante não escreverei mais com o "^" e não precisarei mais apagar. Talvez da próxima vez que eu escreva eu não corrija nada e deixe apenas um esboço caracterizado por minha mente inconsciente e apenas a decisão de vomitar todo o conteúdo seja de minha mente consciente.
Este texto depois de concluído e formatado, alinhado, organizado de forma a causar satisfação ao ler. Mas os próximos não serão assim. Serão apenas vomito de informação para poder analisar os erros gramaticais, ortográficos, concordância verbal entre todas essas porras todas de regras que servem apenas para facilitar o entendimento de uma mensagem escrita em uma determinada língua.